Formada em 1993 pela PUC – MG, com 12 anos de experiência em reportagens e outros dois à frente da apresentação do Jornal da Record, Adriana Araújo esconde bem os 33 anos de vida.
A simpatia, simplicidade e inteligência dessa jornalista ultrapassam as telas e podem ser percebidas na entrevista abaixo, feita por e-mail, em que ela fala sobre carreira, vida pessoal, os desafios da profissão e dá dicas aos estudantes de comunicação.
“Olá Maíra, tudo bem?
Desculpe pela demora. As últimas semanas foram muito corridas aqui em São Paulo.
Mas vamos lá. Espero que ajude a você e a seus colegas de estudo.
Adriana quais foram as suas primeiras experiências profissionais?
Comecei como repórter de economia de um jornal impresso de Belo Horizonte, o Diário do Comércio, em 1994. Durante a faculdade de jornalismo na PUC-MG também fiz algumas disciplinas de economia o que me ajudou a conseguir o primeiro emprego. Depois disso participei de uma seleção da Globo Minas e fui contratada como editora de texto em 95.
Um ano depois me tornei repórter de rede. Até 2002 fiquei em Minas fazendo reportagens para o Jornal Nacional, preferencialmente. Entre 2002 e 2006 estive na Globo Brasília, fazendo a cobertura política para o Jornal Hoje. Em 2006 vim para a Rede Record.
Como foi o processo de transição da Rede Globo para Rede Record? Você sentiu inseguranças por trocar uma emissora mais consolidada pela inovação da Record?
A transição foi tranquila. Por estar há 12 anos na Globo, claro, conversei com todos os chefes, houve uma negociação mas acabei me decidindo pela proposta da Rede Record. O desafio profissional que me foi oferecido de assumir a bancada do Jornal da Record ao lado do Celso Freitas era irrecusável. Não houve insegurança da minha parte. Já sabia dos planos de investimentos e crescimento da Record e confiei nas propostas que me fizeram.
É possível realizar a apresentação do Jornal e ainda dedicar tempo à confecção de matérias jornalísticas? Você sente falta dessa prática?
Conciliar a bancada do Jornal da Record com reportagens não é tarefa das mais fáceis. Estar na bancada significa não poder viajar e também ter restrições de horário já que o jornal demanda gravações de off, leitura aprofundada das notícias do dia, caso haja necessidade de improvisar algum assunto, entre outras tarefas. De qualquer forma, sinto bastante falta da reportagem e tento conciliar na medida do possível. Já tive a oportunidade de fazer duas séries especiais para o JR nestes dois anos de bancada.
Quais os principais desafios de trabalhar com telejornalismo diário, na tua opinião?
São muitos os desafios. Acredito que o maior deles seja vencer o relógio. Temos em geral poucas horas para fazer tarefas que são complexas como captar imagens, fazer entrevistas, dar um bom acabamento na edição das matérias, enfim todo o processo exige cuidado e capricho.
E, o principal: mesmo correndo contra o tempo não podemos nos esquecer nunca da precisão das informações. Esta é a meta principal. Levar ao ar todas as noites a informação apurada com total precisão. Não pode haver dúvidas sobre aquilo que é informado ao telespectador. Ou, quando há informações sobre investigações em andamento, por exemplo, em que muitas notícias são repassadas aos jornalistas em off, ou nas coberturas políticas em que isto também é comum, é preciso ter muito confiança na fonte da informação.
Você já sofreu preconceito no meio jornalístico, ainda que de forma indireta, por ser mulher, por ser jovem ou por algum outro motivo?
Nunca sofri qualquer tipo de preconceito nem por ser mulher, nem pela idade.
É possível equilibrar a vida pessoal e profissional trabalhando com jornalismo?
É mais difícil conciliar a vida de repórter e mãe. Como apresentadora tenho uma rotina mais organizada e, com isso, concilio mais facilmente com minha vida pessoal. Consigo levar na escola, almoçar junto, coisas que toda mãe gostaria de fazer mas nem todas conseguem.
Qual o conselho você daria aos jovens que hoje estudam jornalismo que gostariam de chegar a lugares como o que você ocupa hoje?
Bom, não considero que tenho experiência o bastante pra sair por aí dando conselhos. Mas já que vocês pediram... vamos lá.
O principal, que vocês já devem ter ouvido milhões de vezes dos orientadores e professores: leiam os jornais diariamente. Ser jornalista, significa saber o que é e o que não é notícia. Diferenciar o novo daquilo que já foi dito outras vezes. O jornalista é o tradutor da realidade para milhões de pessoas, sejam leitores, telespectadores, ouvintes, internautas...
E isto só dá para fazer bem lendo bastante. É o básico mas infelizmente vejo jornalistas na ativa que não fazem o "dever de casa" direito.
Na área de tv acredito que seja importantíssimo não se deslumbrar. Ser âncora de um telejornal pode ser o objetivo de muitos mas antes de fazer isto é fundamental ir para a rua, saber entrevistar, construir boas matérias, ser repórter, antes de tudo.
Muitas vezes, jornalistas saem da faculdade já com intenção de fazer apresentação imediatamente.
Não acredito que seja o caminho mais inteligente.
Com tempo, experiência e talento, os espaços se abrem, as oportunidades surgem.
Boa sorte a todos, sempre!
E assistam ao Jornal da Record, todas as noites as 20:20.
Um grande abraço.
Adriana Araújo”
“Olá Maíra, tudo bem?
Desculpe pela demora. As últimas semanas foram muito corridas aqui em São Paulo.
Mas vamos lá. Espero que ajude a você e a seus colegas de estudo.
Adriana quais foram as suas primeiras experiências profissionais?
Comecei como repórter de economia de um jornal impresso de Belo Horizonte, o Diário do Comércio, em 1994. Durante a faculdade de jornalismo na PUC-MG também fiz algumas disciplinas de economia o que me ajudou a conseguir o primeiro emprego. Depois disso participei de uma seleção da Globo Minas e fui contratada como editora de texto em 95.
Um ano depois me tornei repórter de rede. Até 2002 fiquei em Minas fazendo reportagens para o Jornal Nacional, preferencialmente. Entre 2002 e 2006 estive na Globo Brasília, fazendo a cobertura política para o Jornal Hoje. Em 2006 vim para a Rede Record.
Como foi o processo de transição da Rede Globo para Rede Record? Você sentiu inseguranças por trocar uma emissora mais consolidada pela inovação da Record?
A transição foi tranquila. Por estar há 12 anos na Globo, claro, conversei com todos os chefes, houve uma negociação mas acabei me decidindo pela proposta da Rede Record. O desafio profissional que me foi oferecido de assumir a bancada do Jornal da Record ao lado do Celso Freitas era irrecusável. Não houve insegurança da minha parte. Já sabia dos planos de investimentos e crescimento da Record e confiei nas propostas que me fizeram.
É possível realizar a apresentação do Jornal e ainda dedicar tempo à confecção de matérias jornalísticas? Você sente falta dessa prática?
Conciliar a bancada do Jornal da Record com reportagens não é tarefa das mais fáceis. Estar na bancada significa não poder viajar e também ter restrições de horário já que o jornal demanda gravações de off, leitura aprofundada das notícias do dia, caso haja necessidade de improvisar algum assunto, entre outras tarefas. De qualquer forma, sinto bastante falta da reportagem e tento conciliar na medida do possível. Já tive a oportunidade de fazer duas séries especiais para o JR nestes dois anos de bancada.
Quais os principais desafios de trabalhar com telejornalismo diário, na tua opinião?
São muitos os desafios. Acredito que o maior deles seja vencer o relógio. Temos em geral poucas horas para fazer tarefas que são complexas como captar imagens, fazer entrevistas, dar um bom acabamento na edição das matérias, enfim todo o processo exige cuidado e capricho.
E, o principal: mesmo correndo contra o tempo não podemos nos esquecer nunca da precisão das informações. Esta é a meta principal. Levar ao ar todas as noites a informação apurada com total precisão. Não pode haver dúvidas sobre aquilo que é informado ao telespectador. Ou, quando há informações sobre investigações em andamento, por exemplo, em que muitas notícias são repassadas aos jornalistas em off, ou nas coberturas políticas em que isto também é comum, é preciso ter muito confiança na fonte da informação.
Você já sofreu preconceito no meio jornalístico, ainda que de forma indireta, por ser mulher, por ser jovem ou por algum outro motivo?
Nunca sofri qualquer tipo de preconceito nem por ser mulher, nem pela idade.
É possível equilibrar a vida pessoal e profissional trabalhando com jornalismo?
É mais difícil conciliar a vida de repórter e mãe. Como apresentadora tenho uma rotina mais organizada e, com isso, concilio mais facilmente com minha vida pessoal. Consigo levar na escola, almoçar junto, coisas que toda mãe gostaria de fazer mas nem todas conseguem.
Qual o conselho você daria aos jovens que hoje estudam jornalismo que gostariam de chegar a lugares como o que você ocupa hoje?
Bom, não considero que tenho experiência o bastante pra sair por aí dando conselhos. Mas já que vocês pediram... vamos lá.
O principal, que vocês já devem ter ouvido milhões de vezes dos orientadores e professores: leiam os jornais diariamente. Ser jornalista, significa saber o que é e o que não é notícia. Diferenciar o novo daquilo que já foi dito outras vezes. O jornalista é o tradutor da realidade para milhões de pessoas, sejam leitores, telespectadores, ouvintes, internautas...
E isto só dá para fazer bem lendo bastante. É o básico mas infelizmente vejo jornalistas na ativa que não fazem o "dever de casa" direito.
Na área de tv acredito que seja importantíssimo não se deslumbrar. Ser âncora de um telejornal pode ser o objetivo de muitos mas antes de fazer isto é fundamental ir para a rua, saber entrevistar, construir boas matérias, ser repórter, antes de tudo.
Muitas vezes, jornalistas saem da faculdade já com intenção de fazer apresentação imediatamente.
Não acredito que seja o caminho mais inteligente.
Com tempo, experiência e talento, os espaços se abrem, as oportunidades surgem.
Boa sorte a todos, sempre!
E assistam ao Jornal da Record, todas as noites as 20:20.
Um grande abraço.
Adriana Araújo”
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