terça-feira, 11 de março de 2008

Matéria Interpretativa



Reeleição dos socialistas na Espanha não muda situação para imigrantes brasileiros

"Sempre que tivermos ilegais, vamos repatriá-los" foi com essa afirmação ao jornal El Pais que o recém eleito presidente da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) resumiu seu posicionamento a respeito da crise diplomática vivida entre os dois países por causa da proibição da entrada de imigrantes brasileiros na Espanha.

Com 43,64% Zapatero foi eleito o presidente da Espanha no último domingo (9 de março). O Partido Popular, segundo colocado, obteve 40,11% dos votos garantindo 153 parlamentares contra os 169 do PSOE. O restante das 350 cadeiras ficou divido entre Esquerda Unida (IU), Partido Nacionalista Basco (PNV), Bloco Nacional Galego Convergência e União (CiU) e Esquerda Republicana da Catalunha (ERC).
Para especialistas o panorama apresenta claramente uma divisão bipartidária no país. "A Espanha na prática já tinha uma situação bipartidária, mas agora o PSOE obteve praticamente todos os votos da esquerda e parte dos votos dos nacionalistas, enquanto o PP ficou com os votos da direita e de uma parte do centro" afirma Edurne Uriarte, professora de Ciências Políticas da Universidade Rei Juan Carlos de Madrid. Os dois partidos trabalham agora na busca por coligações que fortaleçam a atuação das duas frentes.

O foco socialista recém eleito agora é trabalhar com a crise que atinge o setor imobiliário e da construção e que promete demitir até um milhão de espanhóis em 2008. Antes de eleito Zapatero afirmou qual seria sua primeira medida após estar no comando do país: “faria contato com sindicatos e empresários, para fechar um acordo social que respaldasse os trabalhadores que estão perdendo empregos no setor da construção”.

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